Marketing pessoal: veja o que é e como fazer

Hoje em dia ninguém mais pode ignorar a importância do marketing e da divulgação para o fortalecimento de uma marca ou de um negócio qualquer. Mas será que as pessoas sabem a importância de algo como o marketing pessoal?

Ao contrário do que pode parecer em um primeiro momento, o marketing não se limita apenas a empresas que queiram fazer propagandas e vender mais. Na verdade, há muito tempo que ele também é aplicado por ONGs, políticos e corporações em geral.

Sim, pois a sua essência é identificar um público-alvo e criar um conjunto de peças e ações que sejam capazes de impactar esse público positivamente. Então, tanto faz se ele é aplicado a uma empresa de segurança eletrônica ou a um candidato à presidência da República.

Justamente por isso, surgiu a noção de personal branding, que nada mais é do que a marca pessoal. A partir dessa ideia, se podemos falar em uma marca pessoal, então também é possível falar em um marketing pessoal, percebe?

Tudo isso também vem ao encontro do fato de que o mercado de trabalho é cada vez mais competitivo. De fato, engana-se muito quem pensa que apenas as empresas e marcas se digladiam entre si pelos clientes.

Hoje os candidatos a vagas também competem entre si de maneira bastante desafiadora, o que acaba criando toda uma cultura sobre como aproveitar melhor uma oportunidade. Um exemplo disso é a noção de hard skills e soft skills.

Trata-se, em tradução livre, de “habilidades duras” e “habilidades suaves”. Ou seja, aquilo que um candidato tem como uma formação técnica e aquilo que ele apresenta como formação humana, que pode agregar ao ambiente de trabalho em equipe.

Hoje se você tenta uma vaga em uma empresa de segurança do trabalho, que é o tipo de negócio que está sempre em dia com as novidades do universo da gestão de recursos humanos, certamente o recrutador levará isso em conta.

Ou seja, ele vai fazer perguntas e propor atividades dinâmicas que demonstram não apenas a formação da pessoa, e aquilo que um currículo qualquer pode informar, mas algo que investigue também o perfil psicológico e mais sutil das pessoas.

Por isso decidimos escrever esse artigo, deixando claro qual é o papel do marketing pessoal no atual campo de trabalho e de oportunidades. Lembrando que ele também pode ser aplicado por profissionais liberais, autônomos, freelancers e afins.

Essa é a parte mais bacana, pois nesse sentido tanto um candidato a uma vaga tradicional em uma empresa quanto um freelancer de serviços de contabilidade podem utilizar mais ou menos as mesmas técnicas de personal branding.

Então, se você quer entender melhor como esse universo funciona e usar a “promoção pessoal” para se tornar mais influente, apresentável e sair na frente quando surgir uma oportunidade na sua área, basta seguir adiante na leitura.

Do que se trata o marketing pessoal?

Vamos começar com uma definição técnica? Como vimos, o marketing pessoal não passa de um conjunto de ações que visa a criar um discurso e uma tática capazes de fortalecer a imagem de um profissional, tornando-o uma referência.

Não se trata, como podem pensar alguns, de inventar algumas coisas ou criar um perfil que não condiz com a realidade. Alguns usam mesmo o termo “marketing” em sentido pejorativo, como se ele servisse para “maquiar” alguém e esconder as imperfeições.

Tenha certeza: usar essas técnicas e táticas com essa finalidade é o melhor caminho para perder tempo e não conseguir um bom resultado. Afinal, nenhuma mentira se sustenta por muito tempo, o que é ainda mais verdadeiro no mercado atual.

Se você pega uma administradora predial SP, por exemplo, quantas empresas existem desse mesmo segmento nessa região específica? Pode ser bastante, mas certamente com o tempo as pessoas se conhecem bem entre si mesmas.

Assim é que surge a fama de um profissional, seja para o bem ou para o mal. Também é aí que entra o marketing pessoal, como algo que deve, portanto, salientar as qualidades de uma pessoa, em vez de esconder as imperfeições.

Assim, ele lida com características e traços reais, destacando de maneira cada vez mais positiva os potenciais, os valores e até as virtudes profissionais e pessoais daquela pessoa.

Nesse sentido, ele pode ajudar até quem já está empregado. Como pode auxiliar quem já tem parceiros e jobs suficientes, mas quer fortalecer ainda mais seu nome e ampliar sua penetração no seu segmento ou nicho de mercado.

A importância do planejamento

Muitos profissionais não conseguem praticar o marketing pessoal ou colocar a mão na massa por falta de planejamento. Por isso, é preciso ter um horizonte muito claro sobre alguns pontos básicos, como definir um público-alvo.

Afinal, a que se direcionam suas estratégias, a uma vaga de trabalho, um serviço temporário, um job de freelancer? Um candidato no nível de diretoria, por exemplo, certamente se volta mais para donos e sócios do que para o RH, percebe?

Ademais, se você vai falar com os gestores das empresas de contabilidade é uma coisa, mas se vai falar com os decisores para negociar algo, lidando com elas como clientes suas, é algo totalmente diferente, que precisa mudar a sua comunicação.

Por isso, faz parte do planejamento você ter um objetivo muito claro, traçado com base em curto, médio e longo prazo. Uma dica de ouro é não cair em extremos, ou seja, não ser despretensioso demais, nem fugir de algo atingível e plausível para você.

Como e por que não ficar só na teoria?

Um risco muito grande de quem faz bons planos e traça metas no marketing pessoal é ficar apenas na teoria, esquecendo-se de que boa parte do esforço tem a ver com acionar pessoas, ser comunicativo e até participar de eventos presenciais ou online.

Falando de modo claro, você precisa ser visto pelas outras pessoas. É a velha regra de que “quem não é visto, não é lembrado”, que vale para marcas empresariais tanto quanto para marcas pessoais.

Pense, se vai acontecer um congresso de empresas de folha de pagamento e você é especialista nesse tipo de terceirização, você precisa dar um jeito de participar. Uma dica é saber que em alguns casos compensa você palestrar, mesmo que seja de graça.

Sobretudo no começo, quando seu nome ainda não for forte na área. Além do mais, isso ainda vai funcionar como a famosa “vitrine profissional”, porque certamente vai gerar networking e abrir portas de todos os tipos.

Por dentro da apresentação pessoal

Depois de aprender a aparecer, seja para captar parceiros, clientes ou alguém que contrate sua força de trabalho, um esforço incontornável é o de saber o que exatamente fazer depois de conseguir a atenção das pessoas.

Alguns pontos que não podem faltar são:

  • Falar de maneira pausada e clara;
  • Apresentar uma boa imagem geral;
  • Trazer soft skills, como proatividade;
  • Demonstrar postura de liderança;
  • Ser assertivo e evitar a prolixidade;
  • Já ter um portfólio de realizações.

Enfim, você precisa ter pensado em tudo antes, como já vimos no tópico sobre planejamento.

Afinal, quando uma empresa de consultoria de contabilidade abre suas portas e disponibiliza o seu tempo para uma pessoa, ela espera alguém que conheça a si mesmo.

Tudo isso também tem a ver com o famoso rapport, que é aquela primeira impressão que a pessoa causa em poucos segundos, que tende a ser definitiva muitas vezes. Um modo de antecipar mais ainda esse tipo de juízo é investir em algo extracurricular.

Ou seja, quando você chegar às vias de fato, a pessoa vai perceber que você tem não apenas as soft skills de que já falamos, mas também uma experiência de vida. Às vezes, uma contribuição com uma ONG é algo que pode ajudar, por exemplo.

Bônus: o poder das redes sociais

Atualmente, não é possível falar sobre marketing pessoal sem falar nas mídias sociais e no marketing digital como um todo. O grande segredo é saber transpor todos os conselhos que demos acima para a esfera online.

O primeiro passo nesse sentido é ter um blog, pois o poder que ele tem de criar a autoridade de qualquer profissional é enorme, seja qual for a estratégia dele. Depois, os artigos e materiais mais densos podem servir de base para as redes sociais.

Instagram, Facebook e LinkedIn são as plataformas indispensáveis. Especialmente essa última, voltada para o mundo corporativo. A regra ali é respeitar a proposta de cada uma, que pode ser focada mais em texto, em vídeo, em portfólios, etc.

O fato é que essas mídias já se tornaram indispensáveis até para as marcas empresariais, como um escritório que lida com abertura de empresa contabilidade. Imagine então como uma marca pessoal não pode se beneficiar, com a vantagem de soar mais natural.

Com isso chegamos ao fim, deixando claro não apenas do que se trata o marketing pessoal, mas trazendo dicas que podem ajudar qualquer profissional a se destacar no seu segmento, tirando disso diversas vantagens e benefícios. 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.