Como aplicar a transformação digital em seu negócio?

Nenhum empresário pode negar a importância que a internet tem assumido no mundo dos negócios. Mas será que todos eles entendem, por exemplo, a importância de algo como a transformação digital?

Embora o termo possa ser autoexplicativo, ele é mais profundo do que parece em um primeiro momento. É claro que se trata de “transformar” uma empresa que ainda permanecia offline em uma marca com presença online, ou seja, “digital”.

Aos poucos isso já tem acontecido com todos os tipos de negócios, independentemente do segmento ou nicho de mercado. Por exemplo, uma desentupidora em São Caetano do Sul, talvez décadas atrás ela pensasse diferente, mas e hoje?

Talvez por volta dos anos 2000 a internet fosse um pouco restrita. Mas hoje, com o avanço dos motores de busca, das redes sociais, dos marketplaces e até dos aplicativos, um negócio desses pode receber pedidos, cotações e contatos todo dia, graças à web.

Esse é um dos pontos mais evidentes da transformação digital, que permite que qualquer tipo de negócio rompa barreiras, encontrando as pessoas certas, na hora certa. Você pode aparecer na palma da mão do cliente, que busca sua solução pelo smartphone.

Na verdade, é aí mesmo que essa transformação da esfera digital começa a se tornar mais profunda do que alguns imaginam. Atender as expectativas dos novos clientes, levando uma experiência marcante para eles, é a essência de tudo isso.

Justamente porque essas novas gerações já nascem com o celular nas mãos, e com um acesso à internet e à informação que antes era impensável, elas se tornaram muito mais exigentes e críticas. Assim, a relação entre elas e as marcas é outra.

Imagine uma empresa de paisagismo e jardinagem. Como a computação gráfica não pode mudar a realidade do serviço que prestam? Certamente, hoje o cliente já espera que a tecnologia possa gerar um atendimento mais eficiente e dinâmico.

Aí entramos na esfera do papel das empresas nisso tudo, no sentido de implementação de recursos e soluções próprias. Além de otimizar processos e agilizar atendimentos, é preciso racionalizar cada setor da empresa com vistas à transformação digital.

Por isso decidimos escrever esse artigo, trazendo os conceitos básicos da área e várias dicas práticas de como dar os primeiros passos. Na sequência ainda listamos os cinco estágios da transformação digital.

Vamos explicar no que consiste cada uma das etapas, e o que você deve fazer em cada uma delas. Então, se você quer mudar seu negócio de patamar por meio da esfera digital, basta seguir adiante na leitura.

O que é a transformação digital?

Como vimos até aqui, embora falar de transformação digital seja intuitivo até certo ponto, chega um momento que o assunto se torna um pouco mais complicado, justamente por envolver várias frentes.

Na prática, a web pode assumir responsabilidades que vão desde as vendas e geração de leads, até a produtividade da empresa e o pessoal do RH, com videoconferências. Assim, esse conceito pode incluir os seguintes pontos:

  • Indústria 4.0 e Internet das Coisas;
  • Sensores inteligentes de captura de dados;
  • Smartphones e aplicativos;
  • Comunicação por Campo de Proximidade;
  • Aplicativos que automatizam processos;
  • Computação em nuvem;
  • Sistemas e softwares integrados;
  • Robôs e algoritmos que aprendem.

Ou seja, mesmo um negócio tradicional da indústria primária ou secundária, como empresas de usinagem e caldeiraria, poderia ter uma transformação profunda. Prova disso é a Indústria 4.0, que prevê um nível de implementação tecnológica revolucionário.

Trata-se, justamente, do que ficou conhecido como Quarta Revolução Industrial. Damos esse exemplo aqui porque, na verdade, embora seja um nicho industrial, essa revolução dependeu e depende totalmente da transformação digital.

Quais os benefícios e as vantagens?

Outro ponto interessante da relação entre transformação da esfera digital e industrial é a questão da “linha de produção”. Nesse caso, a primeira é que aprendeu com a segunda: hoje, a digitalização passa pela otimização de antigos processos manuais.

Um exemplo clássico se dá em torno do funil de vendas, que hoje pode ser automatizado em várias de suas etapas, sem perder em nada na qualidade. Muitas vezes, a qualidade até melhora, como no caso do e-mail marketing.

Uma empresa de contabilidade para micro empresasque tenha muitos clientes pode simplesmente fazer uma gestão digital e automática do seu e-mail marketing, com campos de atualização inteligente, como nome do cliente e resultado de ordem de serviço.

Ou seja, além de menos processos manuais, a digitalização traz um aumento da qualidade na entrega, melhorando até mesmo o atendimento ao cliente, que tem uma experiência mais personalizada e mais rápida do que se fosse tudo manual.

Outras vantagens que saltam aos olhos, com exemplos assim, são as da redução de custos e do ganho de vantagem competitiva. No primeiro caso, é possível até mesmo reduzir a folha de pagamento, ou realocar os talentos da empresa para outros campos.

No segundo caso, sobre vantagem competitiva, trata-se simplesmente de um dos pontos mais importantes de todos, já que o mercado se mostra cada vez mais competitivo e saturado, cheio de empresas prestando o mesmo serviço.

5 estágios da transformação digital

Vivemos a época das culturas organizacionais e das marcas que vendem não apenas produtos e serviços, mas uma filosofia na qual as pessoas possam acreditar. Nesse cenário, é comum dividir métodos em degraus, etapas ou mandamentos a serem seguidos.

É o caso dos cinco estágios da transformação digital, que podem ajudar sobretudo quem ainda não começou, mas também os negócios que só precisam melhorar.

1.      Os primeiros passos são mais fáceis

Imagine um restaurante que evoluiu do menu feito à mão, ou mesmo da falta de um, para uma gráfica de impressão de cardápio. Isso já é uma transformação tecnológica pela qual o negócio passa, certamente.

Aí está o primeiro estágio, que é quando a tecnologia se torna uma ferramenta de trabalho, passando a otimizar parte da produção, mas sem que isso seja disruptivo o suficiente para revolucionar a empresa de cima a baixo.

2.      Alterando a rotina do seu negócio

Agora imagine uma empresa de aluguel de geradores, cujos gestores já entendem que precisam se manter frequentemente atualizados. Isso vale para a tecnologia como vale para a internet e a plataforma digital da empresa.

Nesse caso, certamente já se conta com essas frentes como parte da operação e da rotina da marca, de modo que a ausência ou retirada de alguma ferramenta implicaria uma perda total no dia a dia do negócio.

Esse estágio já é um passo adiante em relação ao anterior, e um muito importante. Mas ainda não chegou a revolucionar toda a cultura corporativa.

3.      O que é um DNA tecnológico?

Se o negócio já nasce montado em tecnologias, como são as startups da atualidade, ele já inicia nesse terceiro nível, que é capaz de abraçar a experiência do cliente com base na tecnologia inovadora, e até encarar a competitividade.

Mas não são somente as startups. Uma prestadora de serviços de contabilidadeque tenha décadas de atuação em seu negócio também pode atingir esse nível, geralmente com a ajuda de uma consultoria especializada.

De fato, é preciso ter uma visão bastante abrangente de mercado, compreendendo não apenas esse ou aquele ponto do negócio, mas uma “visão holística”, como se diz hoje, que é aquela que abrange todas as frentes, como veremos adiante.

4.      Sobre a força de romper barreiras

Existe outro nível ainda, que é o das marcas que conseguem romper barreiras. Não apenas a barreira física que a internet já quebrou, permitindo que um brasileiro venda para qualquer país do mundo, mas a barreira interna.

Estamos falando, por exemplo, em escalabilidade e sustentabilidade. Ou seja, a capacidade de expandir o negócio graças à transformação digital. Assim como o poder de racionalizar o processo e demonstrar que isso é sustentável, no médio e longo prazo.

Se pegarmos uma lista das melhores empresas de segurança patrimonial de SP, certamente a maioria delas vai estar nesse nível. Até porque, as empresas que lidam com dinheiro e com fundos costumam sair na frente nessas tecnologias.

5.      Transformação digital e disruptiva

Ser disruptivo é um conceito que está em alta. Este é o último estágio pois ele lida com implementações muito mais profundas, como no caso da Indústria 4.0 que citamos acima.

Aqui falamos em Internet das Coisas, que pretende criar conexões que permitam fábricas sustentáveis, e até mesmo autônomas.

E falamos em Inteligência Artificial e até em Machine Learning (que é, justamente, o aprendizado da máquina).

Considerações finais

Finalmente, uma dica que damos é você observar qual exatamente é o seu momento, conhecendo bem os desafios e problemas do seu próprio negócio.

Investir em infraestrutura, em comunicação e procurar por parceiros no mercado é algo muito importante, sem dúvida. Mas antes é preciso compreender a fundo a razão de ser de tudo isso, mudando o seu mindset e o de todos das equipes da empresa.

Por isso acima falamos sobre cultura organizacional e filosofia da marca. Quando a transformação digital for uma convicção e um valor da empresa, as mudanças virão no momento certo, e tudo vai fazer mais sentido, no curto, médio e longo prazo.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.