O marketing experiencial é visto como uma estratégia inovadora, capaz de aumentar o engajamento das suas campanhas
O marketing experiencial é visto como uma estratégia inovadora, capaz de aumentar o engajamento das suas campanhas, bem como melhorar o alcance da marca a partir de experiências valiosas ao público-alvo. Embora não seja exclusivo da internet, visto que muitas de suas técnicas podem ser adaptadas para iniciativas offline, o marketing experiencial ganhou repercussão no ambiente online, pois é um fator-chave para a conquista de usuários.
Dessa forma, através de uma vivência e uma percepção positiva da sua marca, é possível construir um relacionamento duradouro com os leads (potenciais clientes), melhorando o reconhecimento da empresa e as chances de venda. Atualmente, o marketing experiencial pode ser aplicado em qualquer ramo de negócios, desde empresas de consultoria ambiental, passando por outros segmentos, como comércios e até mesmo profissionais autônomos.
O artigo tem a intenção de apresentar essa estratégia, trazendo o que é o marketing experiencial, quais os seus benefícios e algumas dicas para aplicar a metodologia nos seus negócios. Acompanhe a leitura!
O que é o marketing experiencial?
Como o próprio nome sugere, o marketing experiencial tem como foco a experiência da marca, promovendo o engajamento do consumidor com a empresa, a partir de interações com as campanhas. O principal objetivo é gerar um sentimento positivo em relação à marca. Por isso, a oferta de produtos e serviços aparece como algo secundário.
Um exemplo explicativo dessa metodologia é uma visita virtual a uma estação de tratamento de efluentes. Dessa forma, o público pode acompanhar todos os processos realizados, o que gera um sentimento positivo das pessoas em relação à empresa. Percebe-se que a intenção aqui não é vender o tratamento, mas sim mostrar como é a atividade dentro da estação.
Como dito anteriormente, o marketing experiencial não precisa se limitar aos ambientes digitais. Com o auxílio da criatividade, é possível propor experiências diferenciadas aos clientes em pontos estratégicos, incluindo a construção de eventos.
Independentemente da ação, o objetivo é sempre o mesmo: estimular a participação ativa e o engajamento dos consumidores junto à sua marca.
Ora, vamos voltar ao exemplo anterior. Imagine que a estação de tratamento está propondo uma visita guiada ao local. Mas o marketing experiencial não inclui somente a participação do público como ouvinte – a audiência também precisa participar do processo.
É aí que se pode sugerir a participação das pessoas no laboratório de análise de água, para que eles vejam como é todo o processo de identificação de resíduos e tratamento químico dos efluentes. Ou seja, a proposta é fazer com que esses visitantes também participem dos processos de tratamento, não apenas visitem a estação passivamente.
Vale dizer que a proposta do marketing experiencial é gerar valor a longo prazo. Por isso, a ideia é ter uma continuidade dessas iniciativas, para manter o contato com o público e, desse modo, construir uma relação próxima entre os clientes e a marca.
Quais os benefícios do marketing experiencial?
Um dos grandes benefícios do marketing experiencial é justamente a criação de valor ao público e a construção de um relacionamento duradouro. Não é à toa que vários segmentos visam incorporar ações de engajamento em suas campanhas, incluindo a própria montagem de estandes para feiras interativas.
Mas os benefícios da estratégia vão muito além disso, já que o marketing experiencial é capaz de impactar positivamente a imagem da sua empresa no mercado e, desse modo, contribuir com o crescimento sustentável das empresas.
Sendo assim, algumas das principais vantagens da estratégia são:
- Fortalecimento do relacionamento entre marca e cliente;
- Fidelização da audiência;
- Recebimento de feedbacks melhores;
- Criação de brand awareness;
- Aumento das chances de venda.
Para termos uma ideia, os próprios consumidores afirmam que as ações que promovem uma experiência positiva são as mais desejadas. Segundo eles, 74% dizem que o engajamento em uma campanha amplia as chances de realizar uma compra.
Se pensarmos, por exemplo, em uma visita técnica a uma empresa de reciclagem de papel, é bem provável que muitos visitantes irão começar a refletir mais sobre as práticas de reaproveitamento e reciclagem.
Além do mais, o marketing experiencial é um processo contínuo, visto que clientes satisfeitos geram novos clientes também satisfeitos. Ou seja, a estratégia contribui para a recomendação “boca a boca”, uma das mais efetivas até os dias de hoje.
Estudos mostram que 50% a 80% das recomendações são motivadas por campanhas de marketing experiencial. Até porque realmente há maiores chances de alguém recomendar serviços de usinagem que conhece e teve uma experiência positiva, do que uma empresa que somente se ouviu falar, mas não há um conhecimento aprofundado sobre o negócio.
Um levantamento feito pela EMI & Mosaic mostrou que 70% dos usuários que tiveram experiências engajadas com as marcas se tornaram consumidores regulares. Além disso, 100% dos clientes compartilham conteúdos envolvendo marketing experiencial.
Esses dados mostram o quanto a estratégia é efetiva e pode contribuir com o aumento da presença da sua marca no mercado.
Como aplicar o marketing experiencial?
Diante de todas essas vantagens, fica claro o porquê vários empreendimentos, como uma empresa de montagem industrial, mas também comércios, planejam campanhas envolvendo o marketing experiencial. Hoje em dia, a estratégia pode ser beneficiada pelo aprimoramento tecnológico, em especial nos ambientes online, com a introdução das técnicas do UX Design (User Experience), além do auxílio do Big Data.
Dessa forma, o marketing experiencial consegue formatar campanhas direcionadas aos interesses do público-alvo, contribuindo para aumentar a eficácia das iniciativas e melhorar o relacionamento dos clientes com a marca.
No entanto, há algumas dúvidas de como aplicar a estratégia. Para isso, vale a pena seguir as recomendações:
- Tenha objetivos e metas claras;
- Conheça o seu público-alvo;
- Desenvolva ações criativas e impactantes;
- Pense como a audiência pode interagir com a campanha;
- Determine as melhores formas de medir os resultados.
Por exemplo, uma empresa despachante aduaneiro pode desenvolver um jogo virtual para simular o seu processo de despacho. Essa é uma medida interativa e que gera uma experiência positiva no público-alvo.
Fora que é muito mais fácil apreender o que é um despachante aduaneiro por meio de um game, do que ficar horas lendo vários textos online. Mas além do desenvolvimento das campanhas, o marketing experiencial também requer a análise de indicadores de desempenho. Afinal de contas, é a partir dessas métricas que se tem uma ideia do real engajamento do público.
Se os resultados não forem positivos, é possível adaptar as estratégias o quanto antes. Entre os principais indicadores, destacam-se:
CPE
O CPE (Customer Premises Equipment) se refere ao custo do engajamento de cada mil clientes. O cálculo é feito pela divisão do custo da campanha pelo número de engajamento, multiplicado por mil.
Número de engajamento atual
O número de engajamento atual identifica a quantidade de usuários e participantes que realmente interagem com a sua campanha.
Leads por representantes
A quantidade de leads por representantes é responsável por mostrar quantos potenciais clientes foram gerados por cada pessoa engajada com a sua campanha de marketing experiencial.
Taxa de conversão
A taxa de conversão mostra quantas pessoas estão caminhando ao longo do funil de vendas, isso é, estão cada vez mais próximas de fazer uma compra ou adquirir um serviço com a sua empresa.
ROI
O ROI (Retorno sobre Investimento) é uma das métricas mais importantes do marketing, pois ele corresponde aos lucros resultantes da sua campanha, levando em consideração o total investido. O cálculo é simples, sendo necessário somar todos os custos envolvidos na iniciativa, incluindo recursos humanos e materiais, depois basta subtrair os lucros. Se o valor for positivo, quer dizer que a campanha prosperou.
Conclusão
O marketing experiencial é uma estratégia que se destaca dentro do planejamento de divulgação e comunicação das empresas, pois ele vai além da mera publicidade de produtos e serviços, incluindo ações que buscam o engajamento do público.
Nesse sentido, através da participação ativa da audiência, as pessoas passam a reconhecer os diferenciais da sua marca em relação à concorrência, tornando o relacionamento com a empresa muito mais próximo e duradouro.
Embora o marketing experiencial tenha foco em campanhas a longo prazo, os resultados são extremamente positivos.
Não é à toa que as grandes empresas e marcas buscam desenvolver soluções nesse sentido, seja com a produção de eventos, campanhas interativas online, ou até mesmo visitas técnicas às fábricas.
Porém, vale ressaltar que o desenvolvimento do marketing experiencial é algo que demanda um planejamento assertivo por parte das equipes envolvidas, indo além da criatividade nas campanhas, mas também analisando detalhadamente os indicadores.
O artigo trouxe algumas das métricas fundamentais para verificar a eficácia do marketing experimental. Mas é importante acompanhar de perto cada uma das campanhas, até para coletar o feedback dos participantes e realmente saber se a experiência foi positiva.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
